360º AO SOL de Sofia Areal

360º ao Sol

360º ao Sol de Sofia Areal
Uma exposição IPPAR /Artistas Unidos

No Palácio Nacional de Queluz a partir de 15 de Setembro de 2005
No Teatro Municipal da Guarda de 18 de Março a 16 de Abril de 2006
No Museu de Arte Contemporânea do Funchal de 5 de Maio a 8 de Junho de 2006

Sofia Areal apresenta cerca de duas dezenas de obras: 11 telas e 12 desenhos. A grande dimensão regressa ao seu trabalho. Retornam também as cores densas, sendo por agora escamoteadas as velaturas e mesmo o desenho – que Sofia Areal costuma fazer interagir com a pintura –, e algum organicismo formal, afastando-se um geometrismo mais rigoroso e quase exclusivo, que vinha tendo lugar na sua obra mais recente. Estas coreografias de cor contam histórias de movimentos incessantes, de corpos que se cruzam freneticamente no espaço, encontrando-se e desencontrando-se, criando caminhos.
O catálogo conta com textos de Emília Ferreira e de Eduarda Dionísio.

Na obra de Sofia Areal, a definição dos universos plásticos opera-se sobretudo por via do suporte, não estabelecendo rupturas no domínio técnico, para além da exclusão do óleo nos trabalhos sobre papel. Desse modo, acrílicos, lápis-de-cor ou de cera, tinta-da-china, aguarela, grafite ou colagem são meios comuns, portadores da comunicação entre as linguagens mais praticadas pela autora.
Em ambas as expressões é patente o equilíbrio compositivo criado numa intencionada e conseguida harmonia de cheios e vazios, opacidades e transparências, entrelaçamento e interpenetração de formas. Os lugares plásticos assim criados – servidos por uma paleta forte, de cores francas, dominada por negros, brancos, vermelhos e amarelos, que não escusam os contrastes abertos com os azuis, nem rejeitam a sua multiplicação nas cores secundárias – são espaços que denotam a luta dessa escrita do mundo, incessantemente refeita.