A MISSÃO de Heiner Müller Tradução Anabela Mendes Com Bernardo Souto, Danilo da Matta, Guilherme Gomes, João Reixa e Nídia Roque Cenografia Ângela Rocha Desenho de luz Rui Seabra Desenho de som e música original Sofia Queiroz Figurinos Teatro da Cidade Colaboração Figurinos Aldina Jesus Atelier Construção de cenário Josué Maia Músicos Miguel Ferreira (Violino), Sara Ramalho (Violeta), Ana Carolina Rodrigues (Violoncelo), Sofia Queiroz (Contrabaixo) Apoio à produção Maria João Garcia Fotografias de cena Luís Belo Fotografias de cartaz Bruno Simão Co-produção de residência O Espaço do Tempo Co-produção Teatro Viriato Financiamento Eixo Cultura Viseu 2022/2025 Apoio República Portuguesa – Cultura / Direção-Geral das Artes Encenação colectiva Teatro da Cidade M16
No Teatro da Politécnica de 16 de Maio a 1 de Junho de 2024
SASPORTAS O mundo uma pátria para senhores e escravos. Os escravos não têm pátria cidadão Debuisson. E enquanto houver senhores e escravos, não estamos desligados da nossa missão.
Heiner Müller, A Missão
A Missão – memórias de uma revolução é um texto maior do que qualquer um de nós. Tem a força de uma interrogação que lançamos para o mundo. Desestabiliza-nos como um enigma. É um texto feito da matéria de que são feitas as grandes obras – e, por isso, dialoga intimamente com o nosso presente. Neste texto está a Revolução Francesa, a Revolução do Haiti e a Revolta de escravos na Jamaica, mas também a invasão da Ucrânia pela Rússia e o conflito na Faixa de Gaza. Neste texto está a legitimidade de se assumir certas lutas, tomar certas decisões, e representar certas peças. “A Missão” é um texto maior do que qualquer um de nós, e é a isso que a encenação coletiva do Teatro da Cidade procura responder. Numa peça cheia de ambiguidades e que não se mostra como tendo uma forma certa de pôr em cena, este espetáculo é sobre o confronto com a nossa própria incapacidade de enfrentar as missões que mudariam o mundo, e ao longo da vida, por cansaço, condição ou condicionamento, quase nunca por convicção, as deixamos escapar. Müller dá-nos por palavras, cheio de perigo, o terreno da inércia, da superficialidade, da mera sobrevivência. Num texto que já não é didático, mas um encontrão.
Agradecimentos Aos participantes do clube de leitura no Teatro Viriato em Viseu (ao longo do ano de 2022), aos participantes na audição para o espectáculo, em Lisboa, à Prema, à Anabela Mendes, ao António Oliveira, à Inês Freitas e à Elsa Almeida
Esta é a 12.ª produção do Teatro da Cidade, a segunda em estreita ligação com o Teatro Viriato. O texto deste espetáculo foi escolhido em cumplicidade com um grupo de espectadores que participou no “Clube de Leitura” que o Teatro da Cidade realizou no Teatro Viriato em 2022.