ANTÓNIO SENA: A MÃO ESQUIVA
Com Maria Filomena Molder e João Pinharanda, Imagem José Luís Carvalhosa, Som Armanda Carvalho, Montagem Vítor Alves e Miguel Aguiar, Assistente de realização Joana Frazão, Produção Manuel João Aguas, João Matos, Realização Jorge Silva Melo, Uma produção Artistas Unidos (2009)
Este filme teve o apoio do ICA e apoios da Flad – Fundação Luso Americana para o desenvolvimento, da Fundação EDP e da Fundação de Serralves.
Estreia no DocLisboa a 18 de Outubro de 2009
Na RTP 2 a 30 de Janeiro de 2010
Na Fundação Arpad Szenes – Vieira da Silva a 11 e 18 de Abril de 2010
Na Universidade Nova de Lisboa (IHA) a 4 de Março de 2010
No Pátio Fundimo (Chiado) a 19 de Maio de 2010
Na Casa das Histórias de Paula Rego a 19 e 20 de Junho de 2010
António Sena expõe desde 1964. Pintor discreto e esquivo, é autor de uma das obras maisconsistentes da arte portuguesa contemporânea.
Serralves realizou em 2003 uma extraordinária exposição-retrospectiva de António Sena.
Eu não o conhecia pessoalmente, nunca o vira; mas conhecia-lhe grande parte da obra discreta, intensa, original.
Sentados à mesma mesa na noite do jantar da inauguração surgiu a ideia de virmos a fazer um documentário sobre o seu trabalho: não um documentário exaustivo, histórico, retrospectivo, mas uma maneira de ver a transformação das formas no tempo.
E fomos filmando: entre 2003 e 2009, na preparação da exposção “Books=Cahiers” que inaugurou na Fundação Vieira da Silva em Julho de 2009.
O que me interessou foi filmar-lhe “a incessante mão”, a mão que escrevinha, rasura, escreve, acrescenta, pinta e apaga ou pinta e inscreve.
Ou a mão que comenta, sublinha, se lembra.
A mão de Maria Filomena Molder que pensa.
Incessantemente.
Para “salvar a biblioteca do incêndio”, na bela formulação de João Lima Pinharanda.
Jorge Silva Melo