ARTHUR MILLER (1915- 2005)

Arthur Miller (1915-2005) é um dramaturgo fundamental do teatro americano. Estreou-se em 1944 com The Man Who Had All The Luck que ganhou um prémio da Theatre Guild mas foi um desastre de bilheteira com apenas quatro apresentações. Seguiu-se um romance sobre o racismo Focus (1945)  Mas terá sido com a estreia, em 1947, de Todos Eram Meus Filhos, com que recebeu o primeiro Tony, que o seu nome se afirmou mundialmente. A esse primeiro êxito seguiu-se, em 1949, Morte de Um Caixeiro Viajant (que recebeu mais um Tony, o prémio do Drama Circle e um Pullitzer), obra-prima que marcou todo o teatro do pós-guerra e que estabeleceu uma forte ligação com Elia Kazan, que, no entanto, veio a denunciá-lo como membro do Partido Comunista perante a HUAC. As perseguições do macartismo marcaram um dos seus títulos mais famosos, As Bruxas de Salém (1953). A essa experiência dolorosa, seguiram-se Do Alto da Ponte (1955, revista em 1956), o argumento para Os Inadaptados, filme de John Huston (1961) e Depois da Queda (1964) com que veio a reconciliar-se com Elia Kazan que, simbolicamente, dirigiu a peça na abertura do Lincoln Center. Depois desses triunfos mundiais e do seu casamento tormentoso (1956- 1961) com Marilyn Monroe, a sua obra conheceu um certo declinio público, de que apenas emerge o êxito de O Preço (1968). E, no entanto, mais experimental, menos afirmativo, mais secreto, ele continuou a assinar obras cruciais como Incident at Vichy (1964) The American Clock (1980), Two Way Mirror (1982), The Last Yankee (1983), Broken Glass (1994), Finishing The Picture (2004). Em 1987, publicou uma autobiografia, Timebends, por muitos saudada como um dos grandes testemunhos sobre Nova Iorque a partir da Guerra de Espanha. Toda a sua vida foi marcada por intensa actividade política em defesa das liberdades.

Do autor nos Livrinhos de Teatro:
Morte de Um Caixeiro Viajante/ Do Alto da Ponte (nº 100)
Espelho de Dois Reflexos (nº 123)
Perigo: Memória! (nº125)

Nos Artistas Unidos:

2017 – NÃO ME LEMBRO DE NADA de Arthur Miller, direcção de Pedro Carraca (Antena 2 – Teatro sem fios).
2018 – DO ALTO DA PONTE de Arthur Miller, encenação de Jorge Silva Melo (Teatro Viriato/TNSJ/SLTM); CLARA de Arthur Miller (Antena 2 – Teatro sem fios).
2021 MORTE DE UM CAIXEIRO VIAJANTE de Arthur Miller, encenação de Jorge Silva Melo (Centro de Artes de Portalegre/ CCB).