Iniciou a sua actividade como actor no Teatro Operário de Paris, com Hélder Costa, em 1971. Três anos mais tarde, já em Portugal, foi um dos membros fundadores de O Bando, grupo que dirigiu e onde trabalhou durante 12 anos como actor, dramaturgo, encenador e produtor. Depois da sua saída de O Bando, passou a colaborar com várias companhias, passando pelo Teatro Experimental do Porto (TEP), Teatro da Cornucópia, Companhia de Teatro de Sintra, Escola da Noite, e regressando pontualmente ao Bando. Como actor foi dirigido por encenadores como Mário Viegas, Luís Miguel Cintra, João Brites, Antonino Solmer, José Carretas, António Augusto Barros, Ana Tamen, Konrad Zchiedrich e Christine Laurent. Com o espectáculo Comunidade de Luiz Pacheco, foi-lhe atribuído o Prémio Garrett interpretação masculina em 1988. Como encenador dirigiu, entre outros, os espectáculos Flores de Estufa de Nuno Júdice e A Pandilha de sua autoria e O Que Fazem Mulheres, também da sua autoria a partir da obra homónima de Camilo Castelo Branco e Quem Me Dera Ser Onda do escritor angolano Manuel Rui Monteiro. Como, desde o início da sua actividade profissional, tem apoiado grupos de jovens amadores de teatro, escreveu para eles vários textos e encenou outros tantos para espectáculos de amadores e semi-profissionais. A partir de Junho de 2004 e até 2006 foi o director artístico da companhia residente do teatro Chaby Pinheiro, na Nazaré. No cinema, participou como actor em filmes de Manoel de Oliveira, Joaquim Leitão, Joaquim Sapinho, Luís Galvão Teles, Eduardo Guedes, Ivo Ferreira, Luís Filipe Rocha, Raquel Freire, Ruy Guerra e Luís Álvaro Morais.
Morreu a 5 de Maio de 2021.
Nos Artistas Unidos:
2008 – ISTO NÃO É UM CONCURSO (Instituto Franco-Português); ÚLTIMAS PALAVRAS DO GORILA ALBINO de Juan Mayorga (Convento das Mónicas).
2009 – ESTA NOITE IMPROVISA-SE de Luigi Pirandello, encenação de Jorge Silva Melo (Teatro Nacional D. Maria II); SEIS PERSONAGENS À PROCURA DE AUTOR de Luigi Pirandello, encenação de Jorge Silva Melo (Teatro Municipal São Luiz).
2010 – REI ÉDIPO a partir de Sófocles, encenação de Jorge Silva Melo (TNDM II); HEDDA de José Maria Vieira Mendes a partir de Hedda Gabler de Henrik Ibsen, encenação de Jorge Silva Melo (São Luiz).