CECÍLIA GUIMARÃES

Cecília Guimarães

Após o curso do Conservatório Nacional, estreou-se com A Qualquer Hora o Diabo Vem de Pedro Bom, no Teatro da Rua da Fé. A sua estreia profissional ocorreu em 1953 na companhia Alves da Cunha com Duas Causas de Ramada Curto. Trabalhou no Teatro Experimental do Porto, onde, com direcção de António Pedro, interpretou O Crime da Aldeia Velha de Bernardo Santareno. Trabalhou ainda com o Teatro de Arte de Lisboa dirigido por Azinhal Abelho e Orlando Victorino e sediado no Teatro da Trindade onde representou Graham Greene, Priestley, Lorca, Tchékhov, Cortez. Ingressou em 1962 na Companhia Amélia Rey-Colaço – Robles Monteiro interpretando Oito Mulheres de Robert Thomas. Interpretou ainda autores com Pirandello, Kataev, Somerset Maugham, Max Frisch, Dürrenmatt, Tennessee Williams, Shakespeare, Edward Albee, Valle-Inclán, Romeu Correia, Sauvageon, Tchékhov e De Filippo. Trabalhou esporadicamente com o Teatro Experimental de Cascais, em espectáculos de Gombrowicz e na participação portuguesa na Expo de Osaka. No Teatro da Cornucópia, interpretou Terror e Miséria no III Reich de Brecht. Na Companhia de Teatro de Almada, interpretou Lorca, Duras, Peter Schaeffer (prémio de interpretação por Felicidade e Erva Doce), Gil Vicente. Voltou, nos anos 90, ao Teatro Experimental do Porto para interpretar Jean-Pierre Sarrazac e ao Teatro Nacional onde interpretou Três Mulheres Altas de Albee. No Teatro Maria Matos participou em Infidelidades de Maria do Céu Ricardo. No Teatro Nacional de São Carlos, participou em duas produções de Guerras de Alecrim e Manjerona de António José da Silva. No cinema, trabalhou com António Lopes Ribeiro (prémio de interpretação por O Primo Basílio), João Mendes, Manoel de Oliveira, Carlos da Silva/Georges Sluitzer, Alain Tanner, Solveig Nordlund. Tem colaborado com a RTP desde o início da televisão, tendo representado autores como D. João da Câmara, Lorca, Strindberg e Musset.

Morreu em Fevereiro de 2021.

Nos Artistas Unidos:
2004TERRORISMO dos Irmãos Presniakov, encenação de Jorge Silva Melo (Teatro Taborda).
2010A PAIXÃO DO JARDINEIRO de Jean-Pierre Sarrazac (Antena 2).