CONVERSAS COM GLICÍNIA um documentário de Jorge Silva Melo
Fotografia Rui Poças Som Emídio Buchinho Montagem Vítor Alves Assistente de realização Joana Frazão Produção Manuel João Aguas
Uma produção Artistas Unidos/ Rogério Ceitil Audiovisuais
Duração 55 minutos
Uma produção financiada pelo ICAM 2004
Estreia na Culturgest a 20 de Dezembro de 2004
Na Cinemateca Portuguesa (Ciclo Parabéns Glicínia) a 5 de Janeiro de 2005
Na Associação Abril em Maio a 10 de Janeiro de 2005
No Panorama (Livraria Ler Devagar) a 18 de Fevereiro de 2005
No Cineclube de Faro a 30 de Abril de 2005
No Museu da República e Resistência a 5 de Maio de 2005
No FITEI a 8 de Junho de 2005
Na RTP 2 a 22 de Agosto de 2005
No Fórum Lisboa a 5 de Fevereiro de 2006
Na RTP 1 a 13 de Março de 2006
Na RTP 2 a 27 de Abril de 2006
Na Sociedade Portuguesa de Autores a 6 de Junho de 2006
Na Cinemateca Portuguesa a 30 de Junho de 2006
Na RTP 2 a 22 de Agosto de 2006
Na Galeria Arte-Kafé a 27 de Agosto de 2006
No CineClube de Viseu a 13 e 14 de Dezembro de 2006
Na Câmara Municipal de Peniche a 22 de Abril de 2007
No Ciclo RETRATOS DE ARTISTAS na Cinemateca Portuguesa, 25 de Maio de 2009
Na Fundação Arpad Szenes – Vieira da Silva, 31 de Outubro e a 5 de Dezembro de 2010
No Teatro da Trindade a 19 de Janeiro de 2011
Um documentário sobre a actriz Glicínia Quartin por ocasião do seu 80º aniversário. A sua família, o anarco-sindicalismo, a Escola-Oficina nº 1, as leituras em casa dos pais, as prisões, o Mud Juvenil, os teatros experimentais, os surrealistas, o encontro com José Ernesto de Sousa e o desabrochar do Cinema Novo com “Dom Roberto”, a Itália, a fantasia, Beckett, Genet, Vitor Garcia, o encontro com Luís Miguel Cintra – uma vida em movimento.
Gosto tanto de a ouvir falar, à Glicínia. Mas não queria que ela falasse só comigo. Por isso fiz este filme, para partilhar as minhas conversas com Glicínia Quartin.
Jorge Silva Melo
Não sei do que gosto mais, se de ouvir o que pensa (que não pára de pensar), se de a ouvir contar tanta vida que viveu (que não sabe estar parada sem viver), se de a ver brincar (que a vida para ela tem de ser festa). Gosto de a ver representar: pensa, mexe-se, brinca, imagina e enquanto representa conta coisas que conhece do que viu nos outros. Conversa, de facto (“não achas?”, “lembras-te?”, “e tu?”, “quero perguntar-te uma coisa”), curiosa de mim, de ti, de todos os outros e de todas as coisas, firme no que decide e a querer saber o que o outro quer, sempre a pedir esse “tu”. Inventa-se e inventa espaço. Transporta a alegria. Sem peso. Sempre em movimento. Porque vive em sedução. E porque ama como ninguém a sua e a minha e a tua e a nossa liberdade. Há mais actriz? Há mais pessoa? Melhor amiga?
Luís Miguel Cintra