EXERCÍCIOS PARA JOELHOS FORTES de Andreas Flourakis Tradução José António Costa Ideias Com Álvaro Correia, Carla Bolito, Rita Rocha, Vicente Wallenstein Desenho de Luz Daniel Worm Cenografia Marcello Urgeghe Figurinos Ricardo Preto Sonoplastia Rui Dâmaso Encenação Carla Bolito Produção, comunicação e gestão financeira Estado Zero Coprodução Teatro do Noroeste – Centro Dramático de Viana, Teatro Municipal Sá de Miranda Apoio Artistas Unidos, ACCCA – Companhia Clara Andermatt, Cabeleireiro Ulisses Olimpo M16
No Teatro da Politécnica de 29 de Setembro a 16 de Outubro de 2021
Sábado, dia 9, às 20h15 (depois do espectáculo):
Conversa com o elenco e o tradutor, professor José António Costa, sobre a obra de Andreas Flourakis e a dramaturgia grega emergente.
Moderação: Maria João Vicente
Rapariga Se quiseres, deixa-me grávida, não me importo. Se ficar grávida de ti, terei o meu trabalho garantido.
Andreas Flourakis, Exercícios para joelhos fortes
A directora de uma empresa decide despedir um dos seus dois funcionários. Para manter o emprego estes sujeitam-se a todo o tipo de situações, entrando num jogo de competição e de humilhação onde vão precisar de nervos e joelhos fortes para sobreviver.
Uma encenação de Carla Bolito de um aclamado texto de Andreas Flourakis, um dos dramaturgos gregos contemporâneos que mais tem agitado a cena teatral grega e cuja obra ainda é pouco divulgada em Portugal.
Uma abordagem cruel e sarcástica da violência das relações laborais, ampliadas pelas crises económicas que abalam, uma e outra vez, a Europa ou uma ideia de Europa. O lema ‘salve-se quem puder’ tornou-se ponto pivot nas relações interpessoais, assoladas pelo medo dos despedimentos e do desemprego prolongado como ‘nova normalidade’. Nesta peça a catarse faz-se através do humor ácido e de jogos linguísticos: ganha quem consegue ajoelhar-se.
Dia 9, às 20h15, a seguir ao espectáculo – Exercícios para joelhos fortes – o tradutor da peça, o professor José António Costa Ideias, junta-se ao elenco para uma conversa com o público sobre o processo da criação do espectáculo e sobre a complexidade que a língua grega comporta para a tradução. A obra de Andreas Flourakis será abordada com mais detalhe. Para finalizar, haverá ainda uma breve abordagem à dramaturgia grega emergente que é das mais efervescentes da actualidade. A conversa será moderada pela actriz e professora da ESTC Maria João Vicente.