GATA EM TELHADO DE ZINCO QUENTE de Tennessee Williams Tradução Helena Briga Nogueira Com Catarina Wallenstein, Rúben Gomes, Américo Silva, Isabel Muñoz Cardoso, João Meireles, João Vaz, Tiago Matias, Vânia Rodrigues, Rafael Barreto e as estagiárias da ESTC Inês Laranjeira e Margarida Correia Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves Construção Thomas Kahrel Luz Pedro Domingos Som André Pires Operação de Som Flávio Martins Fotografia Jorge Gonçalves Assistência Leonor Carpinteiro Produção Executiva João Meireles e João Chicó Encenação Jorge Silva Melo Uma Produção Artistas Unidos/ Teatro Viriato / Fundação Centro Cultural de Belém / Teatro Nacional S. João, com o apoio do Centro Cultural do Cartaxo M16
No Cartaxo, Centro Cultural do Cartaxo, ensaio aberto a 11 de Setembro de 2014
Em Viseu, no Teatro Viriato a 19 e 20 de Setembro de 2014
No Centro Cultural de Belém de 25 a 30 de Setembro de 2014
Em Leiria, no Teatro José Lúcio da Silva a 9 de Outubro de 2014
Em Torres Novas, no Teatro Virgínia a 11 de Outubro de 2014
Em Aveiro, no Teatro Aveirense, a 18 de Outubro de 2014
Em Coimbra, no Teatro Académico Gil Vicente a 23 de Outubro de 2014
Em Ovar, no Centro de Arte de Ovar a 25 de Outubro de 2014
Na Guarda, no Teatro Municipal da Guarda a 8 de Novembro de 2014
Em Setúbal, no Fórum Municipal Luísa Todi a 15 de Novembro de 2014
Em Bragança, no Teatro Municipal de Bragança, a 20 de Novembro de 2014
Em Vila Real, no Teatro de Vila Real a 28 de Novembro de 2014
Em Almada, no Teatro Municipal Joaquim Benite de 15 a 18 de Janeiro de 2015
No Porto, no Teatro Nacional S. João, de 5 a 22 de Fevereiro de 2015
No S. Luiz Teatro Municipal de 18 a 28 de Fevereiro de 2016
PAPÁ POLLITT (devagar e num tom violento): MALDITOS SEJAM TODOS OS MENTIROSOS E MENTIROSAS! FILHOS DA PUTA (…) Sim, todos mentirosos, todos mentirosos, todos mentirosos, moribundos mentirosos. (…) Mentirosos, moribundos, mentirosos!
Tennessee Williams, Gata em Telhado de Zinco Quente
Um casamento destruído pelo álcool, a ausência de filhos, mistérios e mentiras. Heranças, valores, filhos, sexo. E a doença, a morte. O que é a propriedade privada?
Gata em Telhado de Zinco Quente é uma tragédia: a passagem do mundo velho a um novo que não há meio de nascer. No trágico Sul de Tennessee Williams tudo se agita em volta do dinheiro. Estreada em Nova Iorque em 1955 com direcção de Elia Kazan, esta peça ficou célebre graças ao belíssimo filme com Elizabeth Taylor, Paul Newman e Burl Ives nos papéis principais. No entanto, que a versão de Kazan, quer filme realizado por Richard Brooks em 1958 evitaram muitos dos problemas da peça original.
Será possível devolver ao teatro aquilo que aparentemente o cinema fixou para sempre? Será possível voltar a fazer estas peças sem as cores esplendorosas de Hollywood? Será possível ver outra vez Maggie, a Gata como uma aventureira que a falta de dinheiro cega? Será possível voltar a pôr no palco estes dilemas, esta ansiedade, esta sofreguidão? Eu aposto que sim. Mas é uma peça de teatro.
Jorge Silva Melo
O texto está editado em UM ELÉCTRICO CHAMADO DESEJO E OUTRAS PEÇAS de Tennessee Williams (Relógio d’Água).