HÁ TANTO TEMPO de Harold Pinter

Há Tanto Tempo

HÁ TANTO TEMPO (Old Times) de Harold Pinter
Tradução Jorge Silva Melo Com Isabel Muñoz Cardoso, Nuno Melo e Margarida Marinho Cenografia e figurinos Rita Lopes Alves, Rosa Gonçalves e José Manuel Reis Luz Pedro Domingos Encenação Solveig Nordlund Uma produção Solveig Nordlund /Artistas Unidos/ Centro Cultural de Belém

Estreia Centro Cultural de Belém, 26 de Julho de 2002
CAM/Acarte, 24 de Outubro de 2002

O texto está publicado no volume TEATRO II de Harold Pinter (Ed. Relógio d´Água).

ha_tanto_tempo_bOLD TIMES estreou no Aldwych Theatre no dia 1 de Junho de 1971, numa produção da Royal Shakespeare Company com o seguinte elenco: Deeley – Colin Blakely; Anna – Vivien Merchant; Kate – Dorothy Tutin. Encenação de Peter Hall. Cenários e iluminação de John Bury. Figurinos de Beatrice Dawson. Em Portugal estreou a 12/10/78 com tradução de Ricardo Alberty e encenação de Carlos Quevedo com Catarina Avelar, Fernando Curado Ribeiro e Graça Lobo.
O casal mora numa quinta recuperada for a de Londres. Uma amiga chega. A maior amiga da mulher. Mas quem é ela? Uma ladra? A amante da mulher? A antiga amantedo marido? Uma escrita teatral rarefeita, incisiva sobre os meandros da memória e o passado. E a sombra da boémia de uma Londres dos anos 50 que não voltam.
Um pesadelo? Um jogo? O que é a base sempre mutável desta relação? O sonho está embebido de realidade, a realidade e as memórias têm uma qualidade onírica e os jogos são sonhos feitos de fragmentos da realidade.
Martin Esslin
Com OLD TIMES, Pinter rompe com o “teatro da ameaça” para inaugurar aquilo que se poderia chamar ” o teatro da recordação”. Tudo se passa em sítios fechados, e a tentativa de domínio de um por outro ser continua a ser real. Mas o presente é só o reflexo de um passado sujeito a caução, o afrontamento de lembranças diversas ou contraditórias numa espécie de concurso da memória tanto mais perigoso quanto é elegante, subtil e finalmente mortal.
Eric Kahane