ISABEL DE CASTRO

Isabel de Castro

Estreou-se aos 14 anos num filme de Jorge Brum do Canto (Ladrão Precisa-se) e em três peças portuguesas no Teatro Estúdio do Salitre. Diploma do Conservatório Nacional. Partiu para Espanha onde, durante seis anos, foi uma presença regular no cinema tendo trabalhdo com alguns dos mais destacados nomes do cinema espanhol de então como Rovira Belleta, Fernando Fernán Gómez, Franciso Rabal, López Vasques, Ana Mariscal, Conchita Velasco. Regressa a Portugal onde interpreta Amor de Perdição de Francisco Ribeiro com quem continua a trabalhaer em Noite de Reis de Shakespeare, Não se Sabe Como de Pirandello, A Rainha e os Revolucionários de Ugo Betti, O Diário de Ana Frank, A Esposa Trocada de Middleton – sempre no Teatro da Trindade. Trabalhou em várias outras companhias no Teatro Avenida (O Milagre de Ann Sullivan de William Gibson, enc.: Sttau Monteiro), Villaret, Monumental. Integrou o Teatro do Nosso Tempo (ao lado de Jacinto Ramos e Maria Barroso) onde fez O Segredo de Henry James e Antígona de Anouilh. Trabalhou no Teatro Experimental do Porto (A Estalajadeira de Goldoni, enc.: Ruggero Jacobi, O Tempo e a Ira de Osborne, enc.: Fernando Gusmão), no Teatro Estúdio de Lisboa (Vìtor ou As Crianças no Poder de Roger Vitrac, A Cozinha de Arnold Wesker, Anatomia de Uma História de Amor de Luzia Maria Martins, As Mãos de Abraão Zacut de Sttau Monteiro – encenações de Luzia Maria Martins) no Teatro Experimental de Cascais (Dom Quixote de Yves Jamiacque, Ivone Princesa da Borgonha de Gombrowicz, O Comissário de Polícia de Gervásio Lobato, Fedra de Jean Racine, Ópera dos Três Vinténs de Bertolt Brecht – encenações de Carlos Avilez), na Casa da Comédia (Dom Quixote de António José da Silva e A Invenção do Amor de Daniel Filipe) no Teatro da Cornucópia (Casimiro e Carolina de Hórvath, Musica para Si de Kroetz, E Não se Pode Exterminá-lo? de Karl Valentin, encenações de Luís Miguel Cintra e Jorge Silva Melo). Trabalhou com Osório Mateus em O Fatalista de Diderot. Com Jaime Salazar Sampaio fez Conceição ou O Crime Perfeito no São Luiz. Escreveu a peça infantil Eva ou O Renascer com a qual realizou uma digressão de dois anos. Ingressou no Grupo de Teatro Hoje (Teatro da Graça) onde trabalhou em diversos espectáculos dirigidos por Carlos Fernando (No País do Dragão, Bruscamente no Verão Passado, Vieux Carré de Tennessee Williams, O Filho do Ar de Jean Cocteau, Verão de Edward Bond), Rogério de Carvalho (A Voz Humana de Jean Cocteau), Fernanda Lapa (Quem Tem Medo de Virginia Woolf? de Edward Albee), Graça Corrêa (O Pelicano de Strindberg), José Wallenstein (Estrelas da Manhã de Alexander Galine), Gastão Cruz (A Gaivota de Tchékhov), Elisa Lisboa (Vassa Geleznova de Máximo Gorki) tendo ainda interpretado textos de José Régio, Brian Friel e Ibsen. Participou ainda, no Teatro Aberto, em Coelho Coelho de Coline Serreau (enc.: José Carretas) e em algumas produções do Teatro da Garagem. Com Ricardo Pais, no Teatro São João interpretou A Castro de António Ferreira em 2002. No cinema é uma presença constante em filmes de realizadores tão diferentes como Perdigão Queiroga, Henrique de Campos, João Botelho, Alberto Seixas Santos, Solveig Nordlund, Jorge Silva Melo, Paulo Rocha, Pedro Costa, Manuel Mozos, António de Macedo, Manoel de Oliveira. Morreu em 2005.

Nos Artistas Unidos:
1996 – O FIM OU TENDE MISERICÓRDIA DE NÓS de Jorge Silva Melo encenação de Jorge Silva Melo (Culturgest /Litografia Portugal).