Nasceu em Paris em 1910. Filho ilegítimo, nunca conheceu os pais. Foi entregue à assistência social e educado por uma família de camponeses na região de Morvan. Aos dez anos, foi apanhado a roubar e enviado para um reformatório. Passados vários anos em instituições, conseguiu fugir e alistar-se na Legião Estrangeira, de onde desertou quase imediatamente. Em 1942, numa das suas passagens mais longas pela prisão, escreveu o romance Notre Dame des Fleurs. Nos cinco anos seguintes, escreveu Miracle de la Rose, Pompes Funèbres, Querelle de Brest. E ainda duas peças: As Criadas (que Louis Jouvet montou no Théâtre de l’Athénée) e Alta Vigilância. Os seus livros circulavam em pequenas edições, até que a Gallimard, em 1949, começou a publicar as suas obras. Para o seu reconhecimento contribuiu igualmente o monumental ensaio Saint Genet, Comédien et Martyr,de Jean-Paul Sartre (1952). A partir de meados dos anos 50, voltou a escrever para teatro – A Varanda (1956) que estreou em Londres, no Arts Theatre com direcção de Peter Zadek, Os Negros (1958), Os Biombos (1966) -,peças estreadas pela Companhia Renaud-Barrault, com encenações de Roger Blin, a quem Genet enviou várias cartas sobre o seu teatro, que viriam a ser publicadas sob o título Lettres à Roger Blin. Jean Genet morreu em 1986. Entre os inéditos que se encontraram depois da sua morte, figuram as peças Elle, Splendid´s e Le Bagne.
Do autor nos Livrinhos de Teatro:
As Criadas/ Alta Vigilância (nº42)
A Varanda (nº46)
“Ela”/ Splendid’s (nº 56)
Os Biombos (nº 57)
Os Negros (nº 50)