Nasceu na província da Haute-Saône em 1956. No final dos anos 70 cria uma companhia de teatro, La Roulotte onde apresenta os seus primeiros textos, La Bonne De Chez Ducatel publicada em 1977, Erreur de Construction e Carthage Encore. É no final dos anos 80, através de encenadores como Berangère Bonvoisin e Hans Peter Cloos que o seu teatro começa a sair do pequeno círculo regional e começa a interessar Paris, nomeadamente através da acção do Theatre Ouvert. Jean – Luc Lagarce escreveu ainda: La Place de l’autre em 1979; Voyage de Madame Knippervers la Prusse Orientale em 1980; Ici ou ailleurs e Les Serviteurs em 1981; Noce e Vagues souvenirs l’année de la peste em 1982; Hollywood e Histoire d’ amour em 1983; Retour à la citadelle e Les Orphelins em 1984; De Saxe, roman em 1985; La Photographie em 1986; Derniers remords avant l’oubli e Les Solitaires intempestifs em 1987; Music – Hall em 1988; Les Prétendants em 1989; Juste la fin du monde e Histoire d’amour (derniers chapitres) em 1990; Les règles du savoir-vivre dans la société moderne; Nous, les héros e Nous, les héros (version sans le père) em 1993; J’étais dans ma maison j’attendais que la pluie vienne em 1994 e ainda Le Pays lointain em 1995. Na década de 90, muitos são os encenadores que começaram a descobrir esta escrita delicada, sofrida, dolorosa, que fala dos conflitos permanentes da família e da dor do não-dito. Joël Jouanneau, Jean-Pierre Vincent, Alain Fromager, François Berreur, Philippe Delaigue, Philippe Sireuil, Stanislas Nordey montam e remontam os seus textos. É actualmente um nome constante no teatro francês e as montagens das suas peças sucedem-se. Foi igualmente montado em Itália (por Luca Ronconi no Piccolo Teatro di Milano) e na Alemanha. Em Portugal, Estava em Casa e Esperava que a Chuva Viesse foi estreada em 1999 em Viana do Castelo, numa tradução de Alexandra Moreira da Silva e encenação de José Martins. Jean-Luc Lagarce morreu em 1995. Foi em Berlim, em 1990, sabendo já que sofria de sida, Jean-Luc Lagarce escreveu Tão Só O Fim Do Mundo. A sua última peça, Le Pays Lointain, que concluiu mesmo antes da sua morte, volta a esta mesma temática da família e do regresso. Todo a sua obra foi publicada por Les Solitaires Intempestifs, editora fundada pelo mesmo e por François Berreur.
Do autor nos Livrinhos de Teatro:
Tão só o fim do Mundo/ As Regras da Arte de Bem Viver na Sociedade Moderna/ Estava em Casa e Esperava que a Chuva Viesse (nº 7)
Music-Hall/ História de Amor (últimos capítulos) / Últimos remorsos antes do esquecimento (nº 9)
Noutros editores:
Tão só o Fim do Mundo (cd)
Nas Revistas Artistas Unidos:
Autobiografia (Revista nº 13)
Uma coisa íntima e que não conhece – Conversa com François Berreur (Colaborador de Jean-Luc Lagarce) (Revista nº 13)
Carta aos actores que em Lisboa fazem “Tão só o Fim do Mundo” – por Mireille Herbstmeyer (Revista nº 13)
O balanço é o espectáculo – quatro conversas com François Berreur (Revista nº 14)
História de Amor (ensaios por escrito) – por José Maria Vieira Mendes (Revista nº 20)
História de Amor: O primeiro espectáculo – por Jean-Pierre Thibaudat (Revista nº 20)
Era uma frase que ele ouvia muitas vezes: “Isto não é teatro” – conversa com Jean-Pierre Thibaudat, François Berreur e Jean-Pierre Han mediada por Jorge Silva Melo (Revista nº 20)
Da tradução além do texto: A recepção de Lagarce em Portugal – por Christine Zurbach (Revista nº 20)
O fenómeno de ruminação da linguagem em Jean-Luc Lagarce, Samuel Beckett e Harold Pinter – por David Bradby (Revista nº 20)
Jean-Luc Lagarce, filosofia no centro do palco (O Exemplo de Nous, les héros) – por Bruno Tackels
Nos Artistas Unidos:
2005 – TÃO SÓ O FIM DO MUNDO, encenação de Alberto Seixas Santos (Teatro Taborda); AS REGRAS DA ARTE DE BEM VIVER NA SOCIEDADE MODERNA, encenação de Andreia Bento (Teatro Taborda). MUSIC-HALL de Jean-Luc Lagarce. Encenação de François Berreur (Centro Cultural de Belém).
2007 – HISTÓRIA DE AMOR (ÚLTIMOS CAPÍTULOS) de Jean-Luc Lagarce, encenação de José Maria Vieira Mendes (Instituto Franco-Português).
2009 – TÃO SÓ O FIM DO MUNDO de Jean-Luc Lagarce (na Antena 2), (com apoio do IFP).
2016 – ESTAVA EM CASA E ESPERAVA QUE A CHUVA VIESSE (na Antena 2 – Teatro Sem Fios).