Nasceu em Paris em 1905. Filósofo e escritor francês, conhecido por ser representante do existencialismo. Em 1924, ingressou na École Normale Supérieure. No campo filosófico passou a ler Nietzsche, Kant, Descartes e Spinoza. Já na escola começa a desenvolver as primeiras ideias de uma filosofia da liberdade leiga, da oposição entre os seres e a consciência, do absurdo e da contingência, que viria a desenvolver posteriormente nas suas obras filosóficas. O seu principal interesse é o indivíduo e a psicologia. Em 1928, faz o exame de mestrado e é reprovado. Durante o ano de preparação para a segunda tentativa, estuda com Nizan e René Maheu na Sorbonne. Conhece a namorada de Maheu, Simone de Beauvoir, que se tornaria a sua companheira e colaboradora até o fim da vida. Na segunda tentativa no exame, Sartre passa em primeiro lugar. Sartre e Beauvoir nunca formaram um casal monogâmico e mantinham uma relação aberta. Além da relação amorosa, tinham grande afinidade intelectual. Sartre apoiou causas políticas de esquerda com a sua vida e a sua obra. A sua filosofia dizia que no caso humano a existência precede a essência, pois o homem primeiro existe, e depois define-se, enquanto todas as outras coisas são o que são, sem se definir. Em 1943, publica seu mais famoso livro filosófico, L’Être et le Néant. Em 1945, cria com Maurice Merleau-Ponty a revista Les Temps Modernes, onde são tratados mensalmente os temas referentes à literatura, filosofia e política. Sartre escreve neste período algumas das suas obras mais importantes. Sempre encarando a literatura como meio de expressão legítima de suas crenças filosóficas e políticas, escreve livros e peças teatrais que tratam das escolhas que os homens tomam frente às contingências às quais estão sujeitos. Na década de 1950 abraça o comunismo, torna-se activista, e posiciona-se publicamente em defesa da libertação da Argélia do colonialismo francês. A aproximação do marxismo inaugura a segunda parte da sua carreira filosófica. Escreve então a sua segunda obra filosófica de grande porte, La Critique de la Raison Dialectique (1960), em que defende os valores humanos presentes no marxismo, e apresenta uma versão alterada do existencialismo que ele julgava resolver as contradições entre as duas escolas. Em 1963, Sartre escreve Les Mots, relato autobiográfico que seria sua despedida da literatura. Em 1964, recebe o Nobel de Literatura, que recusa pois “nenhum escritor pode ser transformado em instituição”. Morre em 1980 em Paris. Está enterrado no Cemitério de Montparnasse em Paris. No mesmo túmulo jaz Simone de Beauvoir.
Nos Artistas Unidos:
2011 – À PORTA FECHADA de Jean Paul Sartre (Antena 2).