KARL VALENTIN

karl_valentin

De seu nome Valentin Ludwig Fey. Nasceu em Munique a 4 de Junho de 1882, filho de família modesta. Depois de alguns anos de trabalho como marceneiro, começa uma carreira de cantor popular nas cervejarias de Munique. Chega a organizar, sem êxito, uma digressão com uma grande orquestra de vinte instrumentos que ele acciona sozinho, graças a um mecanismo que inventou. É em 1907 que conhece, com O Aquário, o seu primeiro grande êxito. E passa a assinar Karl Valentin. Será em 1908, quando trabalha como actor em Frankfurter Hof, que conhece Liesl Karlstad que se viria a tornar a sua parceira em palco, durante cerca de trinta anos. Bertolt Brecht frequenta os seus espectáculos, toca na sua orquestra, reconhece a sua influência. Quando, por razões de saúde, Liesl Karlstad abandona a parceria em 1935, Valentin não encontra substituta à altura. A 1 de Abril de 1937, Samuel Beckett assiste ao seu espectáculo em Munique e comenta “Rimos tristemente.” Em 1942, Valentin retira-se para a casinha que tem em Plannegg, onde trabalha como amolador. Depois da guerra, tenta um regresso, com Liesl Karlstadt – mas passam desapercebidos. Quase esquecido, Karl Valentin morre de pneumonia a 9 de Fevereiro de 1948. O seu teatro é redescoberto nos anos 70, a partir das traduções que foram feitas em França, por Jean-Jourdheuil e Jean-Louis Besson (Éditions Théâtrales), tendo desde então sido reconhecido como um dos maiores autores cómicos de sempre.

Do autor nos Livrinhos de Teatro:
A Fanfarra e outros textos (nº48)
(os outros textos são: O Projector Avariado/ Carta de Amor/ Porque estão os Teatros Vazios/ A Bizarra Salada/ A Loja dos Artigos Fotográficos/ No Chapeleiro/ Na Farmácia/ Na Discoteca/ A plaina Mecânica/ O Encadernador Wanninger/ O Aquário/ A Primeira Comunhão/ O Carnaval dos Bichos/ Barulhos/ O Ciclista/ A Mulher Que Não Sabe o Que Quer/ Valentin Canta e Ri-se/ Os Lagos Bávaros/ Fotógrafo/ Coplas Chinas/ Pai e Filho Falam da Guerra)