Estudou na Escola René Simon em Paris. No teatro integrou o elenco do Teatro Estúdio de Lisboa, onde, sob a direcção de Luzia Maria Martins, participou em Pobre Bitos de Anouilh, A Familia Sam de Ustinov e Exercício para Cinco Dedos de P. Shaeffer; no Teatro Experimental de Cascais, Carlos Avilez dirigiu-a em D. Quixote de Y. Jamiacque, Fedra de Racine e O Comissário de Polícia de G. Lobato e anos mais tarde em Erros Meus Amor Ardente de Natália Correia, O Balcão de Genet, Opereta de Gombrowicz, Rei Lear de Shakespeare e O Pecado de João Agonia de Santareno; na Casa da Comédia, trabalhou com João Lourenço (Oh Papá Pobre Papá de A. Kopit) e Morais e Castro (Doroteia de N. Rodrigues) após o que passou duas temporadas no Teatro da Cornucópia onde fez Pequenos Burgueses de Gorki, Ah Q de J. Jourdheuil e Casimiro e Carolina de Horvath nas encenações de Luís Miguel Cintra e Jorge Silva Melo com quem voltou a trabalhar em 1995/96 em António, Um Rapaz de Lisboa; com Osório Mateus interpretou A Guarda de Joppolo (Os Cómicos) e voltou à Casa da Comédia para as Saudades de Ricardo Pais; Jorge Listopad dirigiu-a no Huis Clos de Sartre (Teatro da Graça) e Fernando Gusmão em Corpo Delito na Sala de Espelhos de José Cardoso Pires (Teatro Aberto); com João Mota na Comuna fez Em Frente da Porta do Lado de Fora de W. Borchert; e no S. Luiz foi a protagonista de D. Leonor Rainha Maravilhosamente de Alice Sampaio, na encenação de Norberto Barroca; no Teatro da Graça, Carlos Fernando dirigiu-a em As Lágrimas Amargas de Petra Von Kant de Fassbinder e No País do Dragão de T. Williams. No Teatro Nacional D. Maria II participou em As Fúrias de Agustina Bessa-Luís e Filipe La Féria. Estreou-se no cinema em Sete Balas para Selma de António de Macedo, tendo trabalhado depois com Cunha Telles (O Cerco e Meus Amigos), Eduardo Geada (O Funeral do Patrão, A Santa Aliança e Mariana Alcoforado), Fernando Lopes (Nós por Cá Todos Bem e Crónica dos Bons Malandros), Solveig Nordlund (Nem Pássaro Nem Peixe e Viagem para a Felicidade), Manoel de Oliveira (Amor de Perdição e Francisca), António-Pedro Vasconcelos (Oxalá) Fonseca e Costa (Kilas, o Mau da Fita e Sem Sombra de Pecado) e João Botelho (Tempos Dificeis). Na televisão interpretou, entre outros, O Caso Rosenberg de A. Ducaux e Oliveira e Costa, A Senhora do Cãozinho de Tchékhov (realização de J. Listopad), Os Maias a partir de Eça de Queiroz (realização de F.Katzenstein), Por Mares Nunca Dantes Navegados (realização de Zita Rocha), Grande Noite e Cabaré de Filipe La Féria. Entre outros, recebeu o prémio da Casa da Imprensa pela sua interpretação no filme Kilas, o Mau da Fita e a Medalha 25 de Abril da Associação Portuguesa dos Críticos de Teatro. Interpretou a protagonista de A Noite é Mãe do Dia de Lars Norén numa encenação da realizadora Solveig Nordlund e de Vida Breve de Bernardo Santareno (enc.: Lucinda Loureiro).
Nos Artistas Unidos:
1995 – ANTÓNIO, UM RAPAZ DE LISBOA de Jorge Silva Melo (Fundação Calouste Gulbenkian).
1998 – AOS QUE NASCEREM DEPOIS DE NÓS – CANÇÕES DO POBRE BB de Berrtolt Brecht (Festival de Almada).
2004 – O NOSSO HÓSPEDE de Joe Orton, encenação de Manuel João Águas (Teatro Taborda).
2005 – CONFERÊNCIA DE IMPRENSA E OUTRAS ALDRABICES de Harold Pinter, Antonio Tarantino, Arne Sierens, Antonio Onetti, Davide Enia, Duncan McLean, Enda Walsh, Finn Iunker, Irmãos Presniakov, Jon Fosse, José Maria Vieira Mendes, Jorge Silva Melo, Juan Mayorga, Letizia Russo, Marcos Barbosa, Miguel Castro Caldas, Spiro Scimone, uma canção de Boris Vian e outros ainda, encenação de Jorge Silva Melo (Teatro Nacional D. Maria II).
2009 – ESTA NOITE IMPROVISA-SE de Luigi Pirandello, encenação de Jorge Silva Melo (Teatro Nacional D. Maria II); SEIS PERSONAGENS À PROCURA DE AUTOR de Luigi Pirandello, encenação de Jorge Silva Melo (Teatro Municipal São Luiz).
2010 – REI ÉDIPO a partir de Sófocles, encenação de Jorge Silva Melo (TNDM II); O QUARTO de de Harold Pinter, encenação de Jorge Silva Melo (Teatro Municipal de Almada); HEDDA de José Maria Vieira Mendes a partir de Hedda Gabler de Henrik Ibsen, encenação de Jorge Silva Melo (São Luiz).
2011 – Três Autores Catalães (TNDMII).
2017 – A VOZ DOS POETAS (INCM).
2018 – EM VOZ ALTA (Casa Fernando Pessoa, Casa Sommer, O Teatrão).
2021 – Em Voz Alta os nossos poetas 2021 (Casa Sommer / Fundação D. Luís I).
2022 – EM VOZ ALTA 2022 (Casa Sommer / Fundação D. Luís I).
2023 – EM VOZ ALTA 2023 (Casa Sommer / Fundação D. Luís I); JORGE SILVA MELO – 365 dias depois, direcção de António Simão (Teatro da Politécnica).