NUNZIO de Spiro Scimone

Nunzio

NUNZIO de Spiro Scimone
Tradução Américo Silva e Jorge Silva Melo Com João Meireles e Miguel Borges  Cenografia e figurinos Rita Lopes Alves, Rosa Gonçalves, José Manuel Reis Luz Pedro Domingos Som André Pires Um trabalho de João Meireles e Miguel Borges com a colaboração de Américo Silva e Jorge Silva Melo

Estreia Festival de Almada, 15 de Julho de 2002
Belém Club, 8 de Outubro de 2002
Teatro Taborda, 22 Janeiro de 2004

O texto, juntamente com CAFÉ (BAR) e A FESTA, está publicado nos LIVRINHOS DE TEATRO, Volume 1 dos Artistas Unidos.

Dois homens, Nunzio e Pino. Vieram do sul pobre, vivem num modesto quarto do Norte. Nunzio trabalha numa fábrica de produtos químicos, Pino é um assassino a soldo. Um diálogo de homens sós, abandonados. Uma humanidade tocante. Perto do cinema mudo, perto das histórias policiais. E uma história surpreendente de amizade.

nunzio_b“Nunzio” fala da morte. Da morte que chega e da morte que é provocada. Fala da ternura, da fraternidade, num mundo violento cuja brutalidade não é escamoteada. Como personagem, este operário doente é a personagem mais complexa que escrevi. Escrevo sobre coisas que acontecem na vida mas escrevo para que elas não voltem a acontecer.”
Spiro Scimone no Festival de Almada, 15 de Julho de 2002

“Para nós, o problema do teatro não é não se saber falar, é antes do mais, não saber ouvir. Se não sabes ouvir, não sabes falar”
Spiro Scimone

Numa Sicília dir-se-ia que inventada por Pinter, nascem os textos elementares e misteriosos de Spiro Scimone e por ele representados com Francesco Sframeli Deste teatro irresistívelmente cómico na sua rigorosa seriedade, nasce um grito de loucura. É um teatro baseado na observação objectiva do paradoxo quotidiano como muitos dos inesquecíveis gags do cinema mudo. Mas tudo misturado numa atmosfera de filme muito negro.
Franco Quadri

“Um espectáculo admirável”
João Carneiro, Expresso, 20/julho/02