POE OU O CORVO de Fiama Hasse Pais Brandão
Com Inês Pereira, Teresa Sobral, Carla Bolito e João Meireles
Direcção João Meireles
Na Antena 2, a 25 de Outubro de 2022
“A sua escrita assume (…) um outro modo, agora de amplificação das citações cultas que tornam o seu teatro metaliterário e metateatral, numa renovada apropriação de atmosferas e valores simbolistas. (…) A atomização e a multiplicação da personagem reenviam para o experimentalismo pirandelliano e o modernismo pessoano.
Da oscilação do seu teatro entre os pólos da tradição e da modernidade, Vicente e Pirandello, falou Manuel João Gomes, assim apontando para a justa dimensão no seu teatro do disfarce, do verdadeiro e do falso, do direito e do avesso” (Gomes 1992: 16). Algo que a luminosidade da escrita de Fiama resolve de forma intensa mas progressivamente esfíngica, como quem se aproxima do lugar recôndito de uma alma ansiando pela transfiguração.”
Sebastiana Fadda e Maria Helena Serôdio, Fiama: um brilho discreto no teatro português, in Sinais de cena 8, 2007
Não, a literatura também se vive. Sou filho de leitor, eu. Foi com essa literatura que eu vi a morte. A da mãe dele, que eu vi num dicionário, que morreu, e que está descrita nos poemas dele.
Fiama Hasse Pais Brandão, Poe ou o Corvo