Projecto a Capital

O espaço A Capital (Teatro Paulo Claro) foi encerrado a 29 de Agosto de 2002, pela Câmara Municipal de Lisboa.

Os Artistas Unidos têm neste momento os seus escritórios instalados na Rua de Campo de Ourique, nº 120, 1250-062 Lisboa. Connosco estão a Re.al, a Ilusom, O Meu Joelho, Tá Safo e A&M.

Um contrato foi estabelecido com a EGEAC que acolhe os Artistas Unidos no Teatro Taborda até finais de 2005.

Em Agosto de 2004, a Vereação da Cultura da CML reiterou o seu interesse em transformar o Edifício d´a Capital num Centro de Artes a ser dirigido pelos Artistas Unidos. Ficou de elaborar um caderno de encargos e abrir um concurso para o projecto arquitectónico. Até ao momento, nada mais sabemos apesar de repetidas tentativas da nossa parte.

Espaço A CAPITAL

Os Artistas Unidos estiveram, durante dois anos e meio, sedeados num enorme edifício em pleno Bairro Alto, edifício que serviu de sede, redacção e tipografia do jornal A Capital. É na Rua Diário de Notícias 76/78 (assim chamada porque foi neste edifício que foi fundado esse diário), na esquina com a Travessa do Poço da Cidade (assim chamada porque foi neste edifício que existiu esse poço, cuja cisterna ainda é visível) e ainda vai pela Rua do Norte acima, formando quase um quarteirão. Ainda não conhecemos a história completa do edifício mas sabemos, por exemplo, que foi no 2º andar do número 76 que viveu (e morreu) o actor Taborda.

O edifício foi temporariamente cedido em 1999 aos Artistas Unidos pela Sojornal, nessa altura ainda proprietária e com o acordo da Câmara Municipal de Lisboa que, num processo de permuta entretanto já assinado em 2001, passou a deter a sua posse.

Nesse edifício, começaram os Artistas Unidos a apresentar espectáculos ininterruptamente a partir de 27 de Janeiro de 2000. Nessa primeira noite, foram estreados os espectáculos Dois Homens e Num País Onde Não Querem Defender Os Meus Direitos, eu Não Quero Viver. Desde então estreámos ali 25 novos espectáculos, realizámos mais de 500 representações.

Desde que ali entrámos connosco trabalharam: Alda Moreira, Alessandra Balsamo, Alfredo Nascimento, Américo Silva, Ana Bustorff Silva, Ana Helena, Ana Mané, Ana Meireles, Ana Paula Rocha, André Pires, Andreia Bento, António Rama, António Simão, Artur Ramos, Bruno Bravo, Bruno Campos, Bruno Nordlund Santos, Camacho Costa, Carla Bolito, Carlos Reis, Celeste Primor, Clara Riso, Cláudia Gaiolas, Cláudia Jardim, Cláudio da Silva, Cucha Carvalheiro, Daniel Martinho, Diogo Dória, Dom Petro Dikota, Eduarda Dionísio, Elisa Lisboa, Fernanda Montemor, Fernando Barata, Filipa Francisco, Filipe Ferrer, Filomena Correia, Francisco Frazão, Francisco Luís Parreira, Gilles Lefeuvre-Kiraly, Gonçalo Amorim, Gracinda Nave, Guilherme Duarte, Gustavo Sumpta, Helena Flor, Helder Braz, Hugo Samora, Inês Figueira, Isabel Abreu, Isabel Boavida, Isabel Muñoz Cardoso, Isabel Nogueira, Ivo Canelas, Ivone Costa, Jaime Salazar Sampaio, Joana Bárcia, Joana Frazão, João Cachulo, João Coelho, João Fiadeiro, João Dourado Santos, João Garcia Miguel, João Magalhães, João Maria Antunes, João Meireles, João Prazeres, João Saboga, João Santos, Joaquim Horta, Jorge Andrade, Jorge Cruz, Jorge Gonçalves, Jorge Silva, José Airosa, José Manuel Castanheira, José Manuel Reis, José Manuel Rodrigues, José Maria Vieira Mendes, José Nuno Silva, José Rui Silva, Lídia Franco, Lieve van Loock, Lucinda Loureiro, Luís Gaspar, Luís Elgris, Luís Esparteiro, Luís Santiago, Luís Vieira Alves, Luisa Di Piero, Lut Caenen, Madalena Victorino, Manuel João Aguas, Manuel Wiborg, Marco Delgado, Marco Ferreira, Margarida Marinho, Maria Belo Costa, Maria João Luís, Maria Schiappa, Marie Mignot, Miguel Borges, Nelson Cabral, Nuno Belchior, Nuno Melo, Nuno Pessoa, Olinda Gil, Palmira Conceição, Paula Almeida Silva, Paula Diogo, Paulo Claro, Paulo Mártires, Pedro Borges, Pedro Carraca, Pedro Domingos, Pedro Leal, Pedro Marques, Raúl Oliveira, Ricardo Freitas, Ricardo Guerreiro, Ricardo Mata, Rita Lopes Alves, Rita Paulos da Silva, Rogério Samora, Rogério Vieira, Rui Dâmaso, Rui Guilherme Lopes, Sandra Costa, Sara Verschueren, Sara Gil, Sofia Rodrigues, Sérgio Calvinho, Sérgio Gomes, Sérgio Parreira, Solveig Nordlund, Sylvie Rocha, Tânia Simões, Tiago Barbosa, Tónan Quito, Ulisses Sena, Vanda Abreu, Vanda Petrovitch, Vitor Correia… a gata Lucas e os cães Kubilai e Adamastor.

No final de Fevereiro de 2000, foi entregue ao Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Dr. João Soares, e ao então Ministro da Cultura, Dr. Manuel Maria Carrilho, um documento intitulado “Um Projecto Para A Capital” onde se propõe a criação de um Centro das Artes neste edifício, Centro que seria gerido nos seus primeiros cinco anos pelos Artistas Unidos e onde ficariam sediadas outras empresas artísticas. Assinavam o documento, para além dos Artistas Unidos as seguintes empresas e associações: APA (Actores Produtores Asssociados), Diogo Dória, E Depois da Uma, Forum Dança a Re.al, Solveig Nordlund, Ilusom.

Um ano depois, a 26 de Março de 2001 entregámos um novo documento, “Um Projecto Para A Capital … e alguém mais o quer?”.

Foi igualmente apresentado, em 2001, um trabalho sumário do Arquitecto Pedro Maurício Borges (ver Esboço de um Projecto Arquitectónico) com vista à requalificação do edifício como um Centro das Artes. Nesse projecto, prevê-se a construção de uma sala de espectáculos média (para aproximadamente 120/150 espectadores) e duas de pequenas dimensões (para 50/60 espectadores) além de duas salas permanentes de ensaio, carpintaria, escritórios, guarda-roupa, lavandaria, escritórios, serviços. etc.

A este teatro que queremos, em que acreditamos, que fomos inventando e de que não desistimos, chamámos TEATRO PAULO CLARO no dia em que este nosso companheiro morreu, a 5 de Maio de 2001. Era a sua casa, o seu teatro, ele que tanto quis um teatro feito para os homens e da maneira mais simples.

E por ali passaram amigos, escritores, visitas, curiosos. E muitos espectadores.

Aqui discutimos com Arne Sierens, Jean Jourdheuil ou com Jon Fosse, com David Harrower e Judith Herzberg, com Spiro Scimone e Bernard Sobel, com Karst Woudstra, Graziella Galvani e David Greig, com Katherine Mendelsohn e Graham Whybrow, com Jacques Rebotier e Gérard Desarthe, com Jean-Paul Wenzel e Stanislas Nordey, com Esther Gerritsen, Duncan McLean e Stephen Greenhorn. E discutimos também com o Fórum Dança, a Re.al, a APA, as Danças Na Cidade. Porque queremos que seja a casa de tanta gente.

Este projecto continuou a ser apresentado aos sucessivos ministros da Cultura, senhor José Estevão Sasportes e Dr. Augusto Santos Silva, Dr. Pedro Roseta, ao Secretário de Estada da Cultura, Dr. José Amaral Lopes assim como à actual Vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Lisboa, Dr.ª Maria Manuel Pinto Barbosa.

E mesmo depois do encerramento d’a Capital pela Câmara de Lisboa, a 29 de Agosto de 2002, não desistimos.

Durante os dois próximos anos

Por cedência da EGEAC, estão os Artistas Unidos com escritório na Rua de Campo de Ourique, 120 – 1250-062 Lisboa e com possibilidade de apresentação de espectáculos no Teatro Taborda onde inauguraram a temporada em 11 de Setembro com A FESTA de Spiro Scimone (co-produção Tá Safo e Citemor), VICTORIA STATION de Harold Pinter e uma exposição de pintura e desenho de Sofia Areal. Abrimos igualmente uma pequena livraria relacionada com espectáculos e artes plásticas que funciona uma hora antes dos espectáculos.

O acordo com a EGEAC permite a apresentação de espectáculos no Teatro Taborda durante o ano inteiro excepto nos períodos 17 a 30 de Novembro, 15 a 30 de Março e todo o mês de Junho.

Entretanto, o projecto Centro das Artes da Capital-Teatro Paulo Claro foi re-apresentado e rediscutido com a Vereação da Cultura no início de Fevereiro.

Houve reuniões em Março e ficou agendada para 24 de Abril uma reunião em que um conselho de personalidades de reconhecido mérito iria avaliar a proposta, a sua viabilidade e interesse de forma a que a CML pudesse elaborar o programa da obra, cujo projecto será entregue ao arquitecto Pedro Maurício Borges [link futuro]. Os Artistas Unidos indicaram como seus conselheiros nesta comissão o romancista Almeida Faria, a cenógrafa Cristina Reis e o director do Teatro São Luiz, prof. Jorge Salavisa. A reunião foi desmarcada poucos dias antes e remarcada para 28 ou 29 de Julho.

A reunião acabou por se realzar em 19 de Fevereiro de 2004. Em finais de Agosto a Vereação da Cultura reuniu novamente com os Artistas Unidos, manifestando o seu interesse em transformar o edifício num Centro de Artes d´A Capital. Até à data, o programa ainda não está elaborado de forma a poder ser entregue a um arquitecto.

Documentos:

Depois do fecho d’a Capital

Ainda a Capital. Teatro Taborda? Teatro Paulo Claro à vista? (13/07/2003)

Um projecto para A Capital (actualização de Março de 2003)

Artistas Unidos Podem Acabar (Público, 24/12/2002)

English Version

Quatro Meses no Exílio

“Artistas Unidos preocupados” (Diário de Notícias, 26/10/2002)

Uma História Tão Confusa (conferência de imprensa de 25/10/2002)

Manifesto para o Futuro: O Teatro Paulo Claro, Um Dia. (Público, 14/09/2002)

Les têtes tombent sur les scènes européennes. (Liberation, 11/09/2002)

English Version . Version Française . Versione Italiana

Reacções

Abaixo-assinado de apoio aos AU e ao Projecto A Capital

Antes do fecho d’a Capital

Um Projecto Para A Capital … e alguém mais o quer?

Há dois anos (sem lei) n’a Capital

Esboço de um Projecto Arquitectónico

27 de Janeiro