RUÍNAS (BLASTED) de Sarah Kane

Ruínas (Blasted)

RUÍNAS (BLASTED) de Sarah Kane
Tradução Pedro Marques Com Carla Bolito, João Saboga e Vítor Correia Cenografia e figurinos Rita Lopes Alves, Isabel Nogueira com a colaboração de José Manuel Reis e João Prazeres Luz Pedro Domingos Encenação Jorge Silva Melo e Paulo Claro

Estreia Espaço A Capital/ Teatro Paulo Claro, 26 de Outubro de 2000

O texto está publicado no volume O TEATRO COMPLETO de Sarah Kane (Ed. Campo das Letras)

ruinas_aRUÍNAS: Ian, jornalista, chega ao quarto de um hotel com Kate, sua ex-namorada. Vêm passar a noite. A noite das suas vidas. Ian está a morrer. Cate desmaia. O casal irá refazer-se com a eterna guerra que rebenta no quarto. Um soldado entra e Ian passa a ser instrumento nas mãos do soldado. Por nada; a violência gera violência. Num mundo selvagem. Um mundo onde o amor se senta a um canto a ver a chuva de um ano cair. A obra de Sarah Kane é uma ferida aberta. A violência (a guerra da ex-Jugoslávia em plena Europa de 1991 a 1995), o sexo que “ameaça sempre a ordem – a desumana e assexuada ordem social que o homem branco tenta manter de pé com todas as suas forças”, a droga são pretextos para falar de amor.

O espectáculo recria admiravelmente o ambiente opressivo que o texto sugere, talvez ainda de forma mais radical que este.
João Carneiro
Expresso