Nasceu em 1906 em Foxrock, perto de Dublin. De família burguesa e protestante, estudou francês e italiano no Trinity College de Dublin, foi professor em Paris, conheceu James Joyce, regressou à Irlanda em 1931, passou por Londres e pela Alemanha, voltou a Paris quando rebentou a guerra, fez parte da Resistência. É no pós-guerra que vive o período mais intenso da sua produção literária, com a escrita em francês e entre outros textos, da peça À Espera de Godot, de uma trilogia de romances e de quatro novelas (entre as quais Primeiro Amor). Depois começa a traduzir os seus textos para inglês e volta a escrever também nesta língua. Constrói uma obra dupla, bilingue, cada vez mais depurada. Recebe o Nobel em 1969, distribuindo o dinheiro pelos amigos. Morre em Paris em 1989. “Quanto mais longe ele vai mais bem me faz. Não quero filosofias, panfletos, dogmas, credos, saídas, verdades, respostas, nada a preço de saldo. Ele é o escritor mais corajoso e implacável que aí anda e quanto mais me esfrega o nariz na merda mais reconhecido lhe fico. Não se põe a gozar com a minha cara, não está a levar-me à certa, não me vem com piscadelas de olho, não me oferece um remédio nem um caminho nem uma revelação nem um balde cheio de migalhas, não me está a vender nada que não queira comprar, esta-se borrifando para se eu compro ou não, não tem a mão sobre o coração. Bom, vou comprar-lhe a mercadoria toda, de fio a pavio, porque ele espreita debaixo de cada pedra e não deixa nenhum verme sozinho. Faz nascer um corpo de beleza. A sua obra é bela”.
Harold Pinter, 1954
Do autor nos Livros Cotovia:
À Espera de Godot: Uma Tragicomédia em Dois Actos
Noutros Editores:
Primeiro Amor [seguido de] Companhia (Ambar)
Teatro de Samuel Beckett: À Espera de Godot: Fim de Festa: A Última Gravação (Arcádia)
Teatro (Contem os textos: À Espera de Godot/ Fim de Partida/ Acto Sem Palavras I/ Acto Sem Palavras II) (Arcádia)
Murphy (Assírio & Alvim) (Círculo de Leitores)
Novelas e textos para Nada (Assírio & Alvim)
O Inominável (Assírio & Alvim)
Últimos trabalhos de Samuel Beckett (Assírio & Alvim)
Watt (Assírio & Alvim)
Malone está a morrer (Dom Quixote)
Textos para Nada (Dom Quixote)
Dias Felizes (Editorial Estampa)
Pioravante Marche (Gradiva)
Primeiro Amor [seguido de] Eu não (Hiena)
Molloy (Relógio d’Água) (Presença)
Aquela Vez e Outros Textos (Quasi)
Mal Visto Mal Dito (Quasi)
A Última Bobina (Teatro da Rainha)
Como é (Ulisseia)
Nas Revistas Artistas Unidos:
Fazer Beckett: Uma Winnie que seja feliz – por Madalena Victorino (Revistas nº 3);
Estar vivo em palco – por Miguel Borges (Revistas nº 3).
O fenómeno de ruminação da linguagem em Jean-Luc Lagarce, Samuel Beckett e Harold Pinter – por David Bradby (Revista nº 20)
Nos Artistas Unidos:
2000 – À ESPERA DE GODOT, encenação de João Fiadeiro (A Capital Teatro Paulo Claro).
2001 – PRIMEIRO AMOR, um trabalho de Miguel Borges (A Capital Teatro Paulo Claro); DIAS FELIZES, encenação de Madalena Victorino (A Capital Teatro Paulo Claro).