GLICÍNIA QUARTIN

Glicínia Quartin

Cronologia
1951
– Estreia com Roberto e Melisandra texto e enc. Tomás Ribas – Grupo de Teatro Experimental – Teatro da Rua da Fé “Glicínia Quartin uma ingénua dramática de grandes possibilidades.” – in Século Ilustrado
1951
– O Julgamento de Marsyas, enc. Claude-Henri Frèches – Liceu Francês
L’Aiglon, de Edmond Rostand enc. Claude-Henri Frèches – Liceu Francês
1951
– Estreia com Roberto e Melisandra texto e enc. Tomás Ribas – Grupo de Teatro Experimental – Teatro da Rua da Fé “Glicínia Quartin uma ingénua dramática de grandes possibilidades.” – in Século Ilustrado.
O Julgamento de Marsyas
, enc. Claude-Henri Frèches – Liceu Francês
L’Aiglon, de Edmond Rostand enc. Claude-Henri Frèches – Liceu Francês
Crime e Castigo de Rodney Ackland, enc. Amélia Rey Colaço e Robles Monteiro – Teatro Nacional D. Maria II (estagiária)
1953
Quem tem farelos? de Gil Vicente, enc. Tomás Ribas – Teatro da Rua da Fé (na Casa da Comarca de Arganil)
Auto de S. Martinho
de Gil Vicente, enc. Tomás Ribas – Teatro da Rua da Fé (na Casa da Comarca de Arganil)
O Velho Ciumento
de Cervantes, enc. Tomás Ribas – Teatro da Rua da Fé (na Casa da Comarca de Arganil)
Lágrimas de Nossa Senhora
de Da Todi, enc. Tomás Ribas – Teatro da Rua da Fé (na Casa da Comarca de Arganil)
1954
O Dia Seguinte de Luís Francisco Rebelo, enc. Paulo Renato – Grupo Cénico da Sociedade Guilherme Cossoul
1957
A Farsa de Inês Pereira de Gil Vicente, enc. Jacinto Ramos – Teatro Experimental de Lisboa
1958
Se Amanhã Fosse Hoje de Carlos Avilez, enc. Carlos Avilez – Casa de Espanha

Ainda no período pré-profissional, Glicínia Quartin passou pelo teatro televisivo, onde, com o Teatro Experimental de Lisboa representou:
1952Guerras de Alecrim e Manjerona de António José da Silva, direcção de Pedro Bom
Auto da Alma de Gil Vicente, direcção de Pedro Bom
Frei Luís de Sousa de Almeida Garrett, direcção de Nuno Fradique e Pedro Bom
A Menina Tonta de Lope de Vega, direcção de Pedro Bom
Fidalgo Aprendiz de Francisco Manuel de Melo, direcção de Pedro Bom “Começa-se a saber-se que Glicínia Quartin é uma atriz portentosa.” – in Século Ilustrado.
O Burguês Fidalgo de Molière, direcção de Pedro Bom
1959As Duas Barcas de D. João da Câmara, direcção de Pedro Bom
1960 Nas Covas de Salamanca de Cervantes, direcção de Artur Ramos

Como profissional:

No Teatro Experimental do Porto:
1965
Os Burossáurius de Silvano Ambrogi (tradução de Glicínia Quartin), enc. João Guedes
O Auto da Índia de Gil Vicente, enc. Carlos Avilez
O Auto da Feira de Gil Vicente, enc. Carlos Avilez
A Barca do Inferno de Gil Vicente, enc. Carlos Avilez

No Teatro Estúdio de Lisboa:
1965
Ele, Ela e os Complexos de Jean Bernard Luc, enc. de Luzia Maria Martins
Mesas Separadas de Terence Rattigan, enc. de Luzia Maria Martins
“Glicínia Quartin evidencia, uma vez mais, os seus inegáveis dotes de comediante, afirmando-se como um valor que o teatro sério em Portugal, nem deve perder sem crime e sem remorso.” – in Diário Popular Teatro.

No Teatro Experimental de Cascais:
1966
Casa de Bernarda Alba de Garcia Lorca, enc. de Carlos Avilez
O Mar de Miguel Torga, enc. de Carlos Avilez
“As episódicas mas fulgurantes vindas de Glicínia Quartin à cena.” – in Diário Popular.
A Maluquinha de Arroios de André Brun, enc. de Carlos Avilez
“Reune às suas invulgares qualidades de comediante a inteligência e o senso crítico.” in Jornal do Comércio.

No Teatro Nacional D. Maria II:
1957
O Pescador à Linha de Jaime Salazar Sampaio, enc. de Artur Ramos
“Glicínia Quartin, um dos valores mais destacados dentro do meio experimental, soube ser de uma simplicidade notável.” – in Diário Ilustrado.
1967
Equílibrio Instável de Edward Albee, enc. Amélia Rey Colaço
1968As Três Perfeitas Casadas de Alejandro Casona, enc. Cayetano Luca de Tena
O Camarada Miussov
de Valentin Kataiev, enc. Pedro Lemos
1969
Os Visigodos de Jaime Salazar Sampaio, enc. de Artur Ramos
Esfera Facetada
de Nuno Moniz Pereira, enc. Rogério Paulo
O Pecado de João Agonia
de Bernardo Santareno, enc. Rogério Paulo
1970A Celestina de Fernando Rojas, enc. Cayetano Luca de Tena
“Glicínia Quartin com uma admirável cena de alcova e sempre muito bem.” – in Nova Antena.

No Grupo de Acção Teatral:
1970
O Processo de Kafka de Gide-Barrault, enc. Artur Ramos
1971Sexta Feira às Quatro e Um Quarto de Willis Hall e Keith Waterhouse, enc. Armando Cortês
A Capital de Eça de Queirós, enc. Artur Ramos

Na Casa da Comédia:
1968
Dias Felizes de Samuel Beckett, enc. de Artur Ramos
“A actriz mostra-nos um autêntico trabalho de criação…”
1977Saudades texto e enc. Ricardo Pais
1980Electra de Marguerite Yourcenar, enc. Filipe La Féria
1985Savanah Bay de Marguerite Duras, enc. Filipe La Féria
1990 – Teatro, Doce Teatro de Edward Radzinsky, enc. Fernando Heitor

N’Os Cómicos / Teatro da Trindade:
1978
Ninguém (a partir de Frei Luís de Sousa), de Almeida Garrett, enc. Ricardo Pais e Nuno Carinhas

N’Os Bonecreiros:
1971
O Circo Imaginário do Super Basílio de Beatrice Tanaka, enc. João Mota
A Grande Cegada , encenação colectiva

Na Cornucópia:
1973
O Misantropo de Molière, enc. de Luís Miguel Cintra
1974Terror e Miséria no III Reich de Bertolt Brecht, enc. de Jorge Silva Melo e Luís Miguel Cintra
1975Pequenos Burgueses de Máximo Gorki, enc. Jorge Silva Melo
1976Ah Q de Jean Jourdheuil e Bernard Chartreux, enc. Luís Miguel Cintra
Musicas Mágicas de Catherine Dasté (direcção)
1977Casimiro e Carolina de Odon Von Horvath, enc. de Cristina Reis, Jorge Silva Melo e Luís Miguel Cintra
1986Pai de August Strindberg, enc. Anne Consigny
1993Primavera Negra de Raul Brandão, enc. de Luís Miguel Cintra
Sete Portas
de Botho Strauss, enc. de Luís Miguel Cintra
1994
Triunfo do Inverno de Gil Vicente, enc. de Luís Miguel Cintra
1996Barba Azul de Jean-Claude Biette, enc. de Christine Laurent
1998Um Sonho de August Strindberg, enc. de Luís Miguel Cintra
1999Afabulação de Pier Paolo Pasolini, enc. de Luís Miguel Cintra
2001O Novo Menoza de Jacob Lenz, enc. de Luís Miguel Cintra
2002O Colar de Sophia de Mello Breyner Andresen enc. de Luís Miguel Cintra
2003Anatomia Tito Queda de Roma de Heiner Müller, enc. de Luís Miguel Cintra
2004A Família Schroffenstein de Kleist, enc. de Luís Miguel Cintra

Participação em Produções Independentes:
1971
As Criadas de Jean Genet, enc. de Vitor Garcia (Teatro Experimental de Cascais)
Emílio e os Detectives de Erich Kastner, enc. Glicínia Quartin (Teatro Jovem Espectador – Teatro Vilaret)
1981Casamento Branco de Tadeusz Rozewicz, enc. Fernanda Lapa (Companhia Nacional 1 – Teatro Popular)
1984Abel, Abel de Augusto Sobral, enc. de Rogério Vieira (Teatro do Bairro Alto)
1987À Procura do Presente texto e enc. de Adolfo Gutkin (IFICT)
1988Quarteto de Heiner Müller, enc. Jorge Silva Melo (Encontros Acarte 1988)
1984Madalena Lê uma Carta de Jaime Salazar Sampaio, enc. Rogério de Carvalho (Teatro do Bairro Alto)
1992Inverno de 45 de Michel Deutsch, enc. Jorge Castro Guedes (Teatro da Trindade)
1995Rosa, Minha Querida Rosa de Josette Boulva e Marie Gatard, enc. de João Canijo (Teatro Nacional D. Maria II)
1999O que é feito de Betty Lemon? de Arnold Wesker, enc. de Manuel Cintra (Centro Cultural de Belém)
Mainstream
pelo Pogo Teatro (Centro Cultural de Belém)

No cinema:
1962
D. Roberto de Ernesto de Sousa
“Dá-nos a conhecer uma nova actriz dramática que vai causar sensação: Glicínia Quartin ” – in Diário Popular
1964Crime de Aldeia Velha de Manuel Guimarães
1977Antes do Adeus de Rogério Ceitil
1978Histórias Selvagens de António Campos
1980Passagem ou A Meio Caminho de Jorge Silva Melo
1981Conversa Acabada de João Botelho
1984Ninguém Duas Vezes de Jorge Silva Melo
1987O Bobo de José Álvaro Morais
1988Agosto de Jorge Silva Melo
O Mistério da Boca do Inferno de José Pina
1990
Um Passo, Outro Passo e Depois… de Manuel Mozos
1993Coitado do Jorge de Jorge Silva Melo 1993 – Longe daqui de João Guerra
1994A Caixa de Manoel de Oliveira
1995A Comédia de Deus de João César Monteiro
Sinais de fogo de Jorge de Sena, real. Luís Filipe Rocha
1999
Morte Macaca, (cm)de Jeanne Waltz
2000 – ANTÓNIO, UM RAPAZ DE LISBOA de Jorge Silva Melo
2004 – CONVERSAS COM GLICÍNIA de Jorge Silva Melo

Prémios:
1966
– Prémio Revelação da Casa da Imprensa, Maluquinha de Arroios
1968 – Prémio Nacional Lucinda Simões, com Dias felizes – (SNI)
1972 – Prémio da Crítica, com As Criadas
1992 – Nomeação para Prémio de Teatro da Secretaria de Estado da Cultura
1997 – Nomeação para o Prémio Bordalo da Casa da Imprensa
“Distingue-se Glicínia Quartin, de temperamento dramático ímpar, pondo toda a sua sensibilidade de mulher e de artista da arte de interpretação.” “… ficou a perder a biologia, parabéns ao teatro.” “Enquanto existirem artistas da craveira intelectual da Glicínia Quartin não será possível que o teatro em Portugal se deixe adormecer” – in República.

Com os Artistas Unidos:
1997O FIM OU TENDE MISERICÓRDIA DE NÓS de Jorge Silva Melo (Culturgest/Litografia de Portugal)
2004TERRORISMO dos Irmãos Presniakov, encenação de Jorge Silva Melo – Teatro Taborda.
NÃO POSSO ADIAR O CORAÇÃO de António Ramos Rosa, Mário Cesariny e outros – Sala do Senado Assembleia da República
CONVERSAS COM GLICÍNIA de Jorge Silva Melo

Glicinia Quartin morreu em 27 de Abril de 2006.